quinta-feira, 24 de setembro de 2009

dias amenos #1

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Há um momento em que eu odeio. Théo odeia esse momento – eu quebro. Já desfiz janelas copos já se foram cristaleiras desmanchei o vidro como se ele fosse areia de novo. Areia na pele vira sangue. Depois de tal quebra, há o procedimento são de juntar todos os estilhaços, embalá-los em papel do jornal de anteontem e jogá-los no lixo, em segurança, para que não machuquem nem o lixeiro nem mais ninguém. Eu me recomponho neste trabalho. E então, exausta, sinto as costas doendo e me recosto no sofá enquanto a consciência esvai.


(foto: paleta da Ana Paula, diadesses, no atelier)

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