domingo, 6 de setembro de 2009

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Pronto, já passou, é manhã de hoje e se você está fazendo alguma coisa agorinha é abrir presentes, dormir, limpar o resto de alguma festa em casa, receber telefonemas atrasados. Quantas camisas você ganhou? Quantos livros? Meu deus que dia perdido o de ontem, eram nove e meia da manhã, sábado, e na biblioteca eu fui devolver um livro do Philip Roth que meu irmão estava lendo para alugar um Dante para mim, vi a data do carimbo expirando no dia de ontem mesmo e soltei um oooh suspirado que o bibliotecário não entendeu. São seus setembros. Me lembrei daquele trecho do meu livro favorito em que Sofía escreve a Rímini: mais um treze de agosto! Vocês dois nasceram no inverno. Como você comemorou? Ontem fui tão perto do bairro onde você mora. Ver o jogo. Beber. Troquei olhares com um rapaz bonito, sardento, eu tive tanto medo de te ver. O abraço seria mais longo. Fiquei repetindo entre as estantes de livros, trinta e três, trinta e três, trinta e três, trinta e três, trinta e três, trinta e três, como se eu estivesse doente



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