terça-feira, 23 de março de 2010

Medéia

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Nesse tempo, eu já fui Medéia, aquela que não podia trair a própria terra.
Joguei contra - aprovo o melhor, me aplico ao pior.
Devoro os meus filhos.

3 comentários:

  1. Curioso você falar daqueles dois livros que têm Paris como cenário, aquele conto escrevi muito influenciado por Sartre, a Idade da Razão é um dos livros que mais me marcaram, também se passa em Paris. Não li nenhum dos dois, mas vou aceitar a ótima sugestão (me falta tanto isso), encomendarei hoje o Jogo da Amarelinha. Cortázar é um autor que sempre tive vontade de conhecer, faltava motivo, ele e o Jorge Luis Borges. Jorge Amado dizia que Cortázar era o escritor mais bonito que ele conhecia, sofria da doença de nunca envelhecer...

    Seus pais ainda têm o 'moço' no vocabulário? Vão à casa 'de' fulano? Todos meus amigos de BH para baixo riem de mim quando falo assim.
    Olha que minha infância aqui teve um pouco do que você disse: banho de bacia na casa da minha avó, ela esquentava a água no fogão, minha avó detestava chuveiro elétrico; o almoço em família nas datas especiais tinha muito pequi; e o meu avó, bem, não suicidou, mas quase não existiu, casou com a empregada da minha avó, teve outra família, às vezes aparecia de surpresa, pernambucano arretado, beijava a minha testa e me dizia para deixar o cabelo crescer, sorria e sumia, pelo que eu deduzia, quando ele ia na casa da minha avó era sinal de que logo após ia para a Bahia visitar uma amante.

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  2. juninho.dudu@hotmail.com

    Queria passar o e-mail no Perto da Estação Central, mas sou medroso, poderia ocorrer de não ler, sei lá. É que iria aproveitar a oportunidade para dizer que só consegui escrever 'Risoflora, não me deixe só' depois de lê-lo, bonito demais.

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