terça-feira, 12 de janeiro de 2010
nota de viagem #2; cordilheira
O silêncio em forma escultural. Rio turvo que veio descendo abaixo dos altos que não foram nem são nossos, nem de ninguém, mas de algo que mesmo nomeado não justificou nada. São hostis a ponto de amar tanto a liberdade que fazem de tudo para que ainda a possuam. O ar é de todo oco, irrespirável. O trem que passa nos despreza. Terra má que não deixa nada crescer, o sal que envenena quem se atreve a nascer, sol entrando na pele consome como o fungo ao seu alimento. Tempestade de areia dentro dos meus olhos. A neve impiedosa que não derrete e não parte. Abre una ventana.
"Ya estamos en la cordillera, chicas!"
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Digno de ser sublinhado numa página de livro.
ResponderExcluirBelíssimo.
Eu já andei dizendo em algum lugar que adoro o Neruda por ele se levar pela geografia chilena.
ResponderExcluirPalavras certas, no lugar certo...
Essa foi a tarde mais LINDA que eu vi! E voce estava lah! Tenha certeza que pra sempre vai ficar essa imagem, sem palavras pra descrever os sentimentos bons que ela traz.
ResponderExcluirTenho saudades!